Capítulo 6 - Os zumbis não são o único perigo


Começo a sentir minhas forças se esvaindo e Daniela caindo em direção a morte. Não vejo saída pra onde nos enfiamos. Eu, de ponta cabeça, usando as pernas como apoio nas barras do forro do mercado, Daniela, segurando meus pulsos, encharcados de suor, e eles logo abaixo, se preparando pra almoçar.

Enquanto meus olhos começam a arder devido ao suor que escorre do meu pescoço, olho ao redor, tentando bolar um plano. Noto que a saída está embaixo do meu nariz.

- Daniela, você consegue pegar seu revólver? - pergunto, aos berros.

- Acho que sim. Por quê? - indaga ela, tentando não se mover, para que eu a mantenha a salvo.

- Então pega! - dizendo isso, solto sua mão direita, enquanto seguro com as duas mãos seu outro braço.

Com dificuldade, ela consegue pegar a arma na cintura.

- Atiro neles ou me mato? - o sarcasmo faz faíscas saltarem de seus olhos, amedrontados.

- Tenta atirar nas garrafas da prateleira perto deles!

Ela olha pra baixo, pendurada por um braço, balançando lentamente, e vê a bancada de bebidas alcoólicas poucos metros abaixo. Não resistindo, ela atira contra um dos zumbis antes de começar a acertar as garrafas. Cacos de vidro caem por todo o chão, enquanto a bebida vaza e espirra pelo corredor, molhando alguns dos malditos. Num deslize, Daniela escorrega, mas consegue se segurar com uma mão em minha luva, que está escorregando devido ao suor.

- Tiago, me segura! - grita ela, em pânico.

- Tá vendo aquela mesa de pães ali? Vou te jogar sobre ela. Dá impulso! - e começo a balançá-la em direção á padaria, onde uma mesa de madeira serve como demonstradora dos vários tipos de pães disponíveis. Há cestas aos montes. Na terceira balançada, dou sinal e a solto, que cai sentada sobre a mesa, derrubando-a e destruindo tudo. Quando vejo os zumbis indo em direção a ela, sou mais rápido. Pego o isqueiro em meu bolso e, acendendo-o, jogo no chão molhado pela bebida. Em questão de segundos, o fogo os consome. Os que conseguem escapar das chamas caem ou fogem. Daniela aproveita a distração e some por trás das prateleiras.

Agilmente, me impulsiono pra cima e agarro a barra, soltando minhas pernas, já calejadas pela dor e, sem olhar pra baixo, me solto. Assim que meu coturno toca o chão, escorrego na poça de bebidas e caio de costas, batendo a cabeça. Por sorte, não cai nas chamas. Nossa, como dói! Sinto como se tivesse levado uma marretada no crânio. Zonzo, abro os olhos com dificuldade, e só tenho tempo de ver um deles se aproximando com a mão esticada. Com uma rasteira, o derrubo, me levanto e... Minha mochila! Volto por trás da prateleira e, sem parar de correr, a pego caída no ponto onde a perseguição começou. Corro desviando dos obstáculos á minha frente, derrubando vários produtos pelo caminho. Grito por Daniela, e ouço-a me chamar, seguido de uma buzina. Chego a entrada do local, onde posso vê-la já dentro do carro batido nos caixas, dando partida. Deslizo por sobre um dos caixas e sem demora entro no carro, batendo a porta. Assim que ela dá a ré, os canibais saem por todos os lados de dentro do mercado em nossa direção. Se dependesse de mim, estaríamos mortos, pelos zumbis, ou por capotar. Não sei nem ligar um carro. Nunca tive vontade de aprender. Vejo agora o quanto perdi com isso. Sem sequer encostar no freio, Daniela guia o veículo com tamanha rapidez que os monstros, tão próximos e ameaçadores, vão se tornando pontos minúsculos no fim da rua, até que somem de vista.

Num misto de adrenalina e alívio, grito um palavrão tão alto que assusto Daniela. Nos entreolhamos e rimos com vontade. A sensação de encarar a morte de frente e poder escapar pra contar a história é indescritível. Espero nunca me acostumar com ela. Abro minha mochila e pego uma grande barra de chocolate amargo. Com uma mordida generosa, me lambuzo, suspirando. Como senti falta disso. Entrego outra pra Daniela, que come com vontade. Ela não deve ter passado tanta fome quanto eu, devido á grande quantidade de comida que encontrou no Ginásio de Esportes, mas a correria de hoje deve ter lhe dado uma fome de cavalo. Relaxado no banco vou indicando-lhe por onde ir, para chegarmos á estrada logo. Sou tão desligado que nem sei pra onde a estrada que estamos indo leva. Não me lembro de tê-la pego antes. Conheço a que fica do lado oposto da cidade, pois estudei durante um ano em Ribeirão Preto há um ano, e a pegava todo santo dia. Bom, já que estamos aqui, vamos continuar.




♦ ♦ ♦



Quando chegamos à periferia, Daniela vislumbra a área com ar antipático.

- Que bairro horrível!

- Esse era considerado um dos bairros mais perigosos da cidade antes de... - com uma careta, nem termino a frase.

Algumas das casas parecem ter sido fortemente barradas com arame farpado e placas de metal fundidas contra os portões. Muros altos e boa parte do chão não pavimentado dão a impressão de que estamos num pequeno campo de guerra. Com um aceno discreto, Daniela aponta pro alto de uma casa. Posso ver um vulto rápido. Do outro lado, também sobre o telhado, vejo o que parece ser um capuz. Serão sobreviventes? Minha vontade de descobrir se esvai quando ouço o primeiro tiro contra o carro vindo de cima.

- Se abaixa! - grito pra Daniela, me jogando no assoalho do carro, ou ao menos tentando. Meu metro e oitenta e um me impedem de poder me esconder melhor.

Daniela se esquiva quando o para-brisas é atingido por outro tiro. Por sorte, ninguém é atingido. Mas esse detalhe pode mudar se não sairmos daqui rápido. Abaixada e sem poder olhar pra rua, Daniela tenta manter a direção e pisa no acelerador. Olho pelo canto da janela e vejo vários outros encapuzados sobre as casas. Pelo jeito, há outros sobreviventes sim. Mas não parecem nada amistosos. Dou uma breve levantada, e vejo-nos indo de encontro a um muro, após o carro adentrar um terreno baldio, dominado pela mata. O carro derruba a frágil construção, derrubando-a, e para no quintal de uma casa aos pedaços. Levanto-me ajoelhado sobre o banco e vejo os estranhos chegando pela rua. Daniela e eu saímos pelo para-brisas arrebentado pelo impacto, e percorremos o corredor lateral da casa. Saímos pelo portão da frente e atravessamos a rua, entrando em outra moradia. Aproveitamos a porta aberta e procuramos um esconderijo, sem emitir uma palavra.

Quando me dou conta, estou debaixo de uma cama coberta com um lençol ensanguentado. Olho pra cima e vejo Daniela pela fresta de um guarda-roupa, escondida em seu interior. Tento manter silêncio, controlando minha respiração ofegante. Ouço ao longe gritos de comando em vozes masculinas.

- Vam'bora procurá aqueles dois, galera! Vamo espancá eles até á morte.

Os zumbis não são o perigo maior por aqui, afinal de contas.
♦ ♦ ♦



Permanecemos escondidos por um bom tempo. O medo não nos deixa nem ao menos sentir cansados. Ouvindo vozes na casa ao lado, chamo Daniela aos cochichos e saímos sorrateiros pela janela do lado oposto. No corredor estreito, vemos que o muro está desabado, o que nos permite passar sem dificuldade pra casa vizinha. Temos que sair daqui o mais rápido possível, ou toda a batalha que travamos pela nossa sobrevivência terá sido em vão. Sigo Daniela pelos tijolos caídos do muro, quando um latido me assusta. Olhando pra trás, vejo um Pitbull branco correndo em minha direção. Nem tenho tempo de raciocinar. Empurro Daniela e me volto contra o animal, pegando-o pela coleira de couro em seu pescoço. Mantenho-o longe da minha cabeça, pois vi em um noticiário certa vez que, sob o ataque de um desses, o certo é proteger o pescoço. Eles vão direto pra matar. Penso em atirar ou pedir a Daniela que o faça, mas isso denunciaria nosso esconderijo. Ela só olha sem saber o que fazer.

- Daniela! Pega o soco inglês na minha bolsa. Rápido! - digo firme, mas baixo, enquanto seguro a fera pelo pescoço. Quando ela se aproxima e abre minha mochila, o animal se desvencilha de minhas mãos e avança contra ela, que grita. Pronto! Nos encontraram. Me jogo rápido no bicho e o seguro pela coleira novamente, impedindo-o por um triz que morda Daniela. Ouço outro grito mais grosso, mas não reconheço o que foi dito devido á luta contra o cão. Quando ele pára de atacar e recua rápido, entendo o que foi dito. Seu nome. Tribal. Tribal está agora mordendo um pedaço de pau na mão de seu dono, um cara magro e pouco mais alto do que eu. Dessa vez nem ele nem seus "capangas", outros seis rapazes, usam capuzes. Nenhum deles pode ser considerado adulto ainda. Analisando-os, digo que estão na faixa etária entre dezessete á vinte anos, no máximo.

- Cês acharam que iam fugir fácil daqui, otários? - a voz é a mesma que ordenou que nos espancassem enquanto nos escondíamos.

- Por que vocês estão fazendo isso? - pergunta Daniela, logo atrás de mim.

- Ah, gata! Faz mó tempão que a gente não se diverte. Com esse babaca aí a gente vai brincar de saco de pancadas. Com você... Humm! Tô pensando numas dez coisas. - o líder diz isso, pegando suas partes. Sinto Daniela tremer logo atrás de mim. Os outros exibem pedaços de pau e barras de ferro, rindo do comentário.

- Vam'bora se divertir, cambada! - ao ouvir isso, os vejo investir contra nós. Tento inconscientemente proteger Daniela com o corpo, enquanto ela apoia a mão em meu ombro.

- Amarelo! Amarelo! - chega uma garota gritando, pelo outro corredor. No mesmo instante, todos param e a olham.

- Que foi, Jô? - pergunta o magrelo á garota, com uma expressão ameaçadora no rosto. Amarelo. O apelido deve ser pelo fato do cara ser meio amarelado, nem branco nem moreno. Olheiras fundas ressaltam no rosto magro. Um tribal negro tatuado em seu braço esquerdo o faz parecer mais amarelo ainda.

- A rua tá cheia deles! Eles devem ter seguido esses dois manés aí. - diz a garota, uma mulata de cabelo afro, usando uma blusinha rosa surrada e shorts jeans bem curtos e justos.

Amarelo lança um olhar de raiva contra nós.

- Cês aí, - se voltando aos companheiros. - pega esses dois e traz pra rua.

Os bandidos nos pegam pelos braços sem dó e nos puxam até a rua, logo atrás de Amarelo e a morena. Chegando lá, nos jogam no meio da rua, e nos cercam. O líder se aproxima.

- Cês vão ficá aqui, bem quietinhos. Se tentarem fugir, levam bala. - ameaça ele, apontando uma arma contra minha cabeça. Quando o bando se dispersa e abrem o círculo que faziam em nossa volta, vemos uma multidão de canibais se aproximando ao longe, rápidos como o inferno. Se não podemos correr, chego á conclusão: vamos morrer de qualquer jeito. Olhando pros lados, vejo que os bandidos subiram de volta aos telhados, onde se mantêm em segurança. Quatro se encontram sobre uma casa de um lado da rua e outros cinco sobre outra do lado oposto.

- Tiago. Acho que a gente tomou no... - diz Daniela, pelo canto da boca.

Analiso ao redor e tento bolar outro plano. Por mais que meus planos sejam doidos, me permitiram viver até agora. E não vou me render tão fácil diante dessa escória. Enquanto penso, os zumbis se aproximam. Agora estão há apenas uma quadra de distância. Cochicho o plano pra Daniela, enquanto damos meio passo pra trás. Ela olha pelo canto do olho.

- Não temos nada a perder. - é tudo que ela responde.

Ao sinal, sacamos nossas armas ao mesmo tempo, como se tivéssemos ensaiado o movimento. Por sorte eles não nos revistaram antes de nos jogar no meio da rua de terra. Disparo dois tiros que erram o alvo, passando perto dos bandidos no alto da casa, que se abaixam. Não, eles não são o meu alvo. No terceiro tiro, acerto a caixa de força no alto do poste, próxima ao telhado onde eles se protegem. Não sei se há eletricidade no bairro ou não, mas ao ver a caixa entrar em curto-circuito e explodir, não me restam dúvidas. Ao meu lado, assim que disparei o primeiro tiro, Daniela atirou contra os que estavam no alto da outra casa, que também se esconderam. Após a explosão, nos pomos a correr rua acima, sob uma chuva de balas e gritos mal-educados, sem contar os urros dos zumbis enraivecidos que devem estar perto do poste em chamas nesse momento. Viramos a esquina sem parar.

- Daniela! Vira a próxima rua pra baixo e segue em frente. Me espera num bar verde na terceira quadra. Corre!

Ela nem responde, ao modo que continua a corrida desenfreada. Ligeiro, entro na casa mais próxima e saio em menos de trinta segundos com um botijão de gás e uma toalha de mesa nas mãos. Jogo o botijão no meio-fio e o cubro com a toalha. Em seguida, atiro pro alto. Corro pro outro lado da rua sem respirar assim que os bandidos aparecem nos telhados e despejam bala sobre mim. Jogo-me dentro de outra casa, me escondendo atrás do muro. Olho por um pequeno buraco onde falta um tijolo e os vejo em cima da casa onde preparei a armadilha. Do outro lado, os zumbis aparecem, correndo e gritando. Só tenho uma chance. Pelo buraco, miro o botijão sob a toalha e puxo o gatilho. Por um momento, fico surdo. No segundo seguinte, passo a ouvir de novo. O primeiro som que ouço é o do muro desabando sobre mim. Graças ao meu reflexo, consigo me jogar mais pra frente, evitando ser esmagado pelos tijolos. Tomo fôlego e levanto. Na rua, há zumbi pra todo lado. Uns pegando fogo, realmente mortos, outros se mexendo com dificuldade, todos caídos. No alto da casa não vejo ninguém. Uma parte do teto desabou. Saio pela lateral da casa e chego aos fundos, onde há uma plantação de algo que nem faço questão de identificar. Abaixado, corro escondido sob a mata alta. Corro umas duas quadras assim. Chego em uma trilha de terra e viro a direita, de volta ao bairro, onde passo correndo e desço a rua sem parar. De relance, posso ver o local da explosão. Os zumbis começaram a se levantar, enquanto a maioria permanece caída. Isso sim foi um estouro.

Correndo até o bar mencionado, vejo Daniela escondida atrás de uma mesa de sinuca. Assim que me vê, ela sorri e não menciona uma palavra. Mantenho o pique e corremos juntos rua abaixo. Na esquina seguinte, somos surpreendidos por Amarelo, que pula de cima do muro de uma construção abandonada, já nos apontando o revólver.

- Seus filhos da puta! Vieram pra cá e destruíram tudo. Eu vou matar vocês!

Jogo-me pro lado quando ouço o disparo. Daniela também se jogou, pois a vejo caída, sentada, quando olho pro lado. Ele errou. Olho pro bandido, esperando o tiro de misericórdia, mas noto medo em seus olhos. Olhando pra trás, vejo os zumbis vindo pra cima de nós. Não devo ter explodido todos lá atrás. Esses não estão queimados. Não deviam estar naquele grupo. Além do mais, o bairro tem várias entradas, não apenas a que usamos com o carro. Putz! Minha mochila ficou pra trás. Quando nos jogaram na rua pra sermos comidos pelos monstros, nos tiraram elas. Pelo menos, ficamos com as armas que mantivemos conosco.

Levanto correndo e me ponho a correr, junto com Daniela. Amarelo já correu há um bom tempo, porém, ainda posso vê-lo. Ouço um tiro e vejo-o capotar e cair de queixo no chão. O tombo foi feio.

- Otário! - sussurra Daniela, antes de guardar a arma na cintura. O tiro pegou em cheio na perna do infeliz. Não foi fatal, o que percebo ao ouvir seus praguejos e vê-lo se contorcendo de dor, caído na terra. Sigo Daniela, que muda a direção e, sem medo, pulamos sobre uma cerca de madeira. Rolamos barranco abaixo. Um barranco de aproximadamente quatro metros. Abro os olhos quando paro de rolar e, olhando pra cima, vejo alguns dos zumbis na cerca, olhando-nos. Parecem com medo de cair do barranco. Ao meu lado, Daniela se levanta, ralada, mas não mais do que eu. Só temos tempo de ouvir os gritos e tiros de Amarelo, antes de nos pormos a correr pela mata alta, que se estende por muitos metros, antes que eles decidam nos seguir. Daniela manca um pouco no início.
♦ ♦ ♦



Chegando ao bairro vizinho, as ruas estão desertas. Não há nem pássaros. Nem uma mísera borboleta. Solidão total. Se for pra encontrar mais malucos como aqueles, prefiro ficar sozinho pro resto da vida. Daniela, que se mantêm á frente, entra em uma garagem, e me grita. Corro até ela, e vejo-a dar partida em um Monza vinho. Entro pelo carona e coloco o cinto.

- Vamos pela outra saída. - aconselho.

Sem pestanejar, Daniela dá a ré e desce a rua, em direção ao centro, onde nos conhecemos.

Em dez minutos avistamos o mercado, que ainda acolhe alguns dos zumbis em seu estacionamento, vagando sem rumo. Quando nos veem passando, começam a nos perseguir, o que é em vão, pois Daniela dirige muito rápido. Eu acho que ela daria uma perna pra sair desse pesadelo.

Seguindo a rua, chegamos ao bairro mais nobre da cidade, que leva á saída pela outra estrada. Essa ao menos eu conheço e sei onde vai dar. Daniela não menciona uma palavra sequer o caminho todo. Nada. Adiante, vejo um zumbi na rua. Não, não é um zumbi. É um garoto. O conheço de vista da época que as pessoas ainda não matavam umas as outras. Bom, não com tanta frequência. Ele nos vê e começa a nos acenar, parado no meio da rua.

- Daniela, para o carro. - digo, já me preparando pra abrir a porta do carro e ver se o menino está bem. Ela mantém a velocidade. - Daniela! Para o carro! Ele não é um deles!

Por uma fração de segundo, vejo-a mudar a direção. Vai direto pra cima do moleque.

 

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6 mordidas:

Thaís V. Manfrini disse...

Simpatizei com o dinamismo dela.

28 de agosto de 2008 às 17:51
Juão disse...

são com histórias como essas que reflito sobre a mente humana num mundo caótico, onte vi "O nevoeiro" filme baseadmo numa obra do King, a situação é parecida
arquétipos reagindo como se tudo já tivesse programaçao pra acontecer...
e pqp
eu tenho medo das pessoas que me rodeiam
nao sei se posso confiar em alguém em momentos como esses.
Eu so viciado com zumbis
sonho com invasões, infecções, ataques canibais desde pequeno...acho que somente nesses ultimos dias to me dando conta de que eu tenho que estar mais preparado para o que possa vir.


Se eu não fosse eu, e lesse isso, me chamaria de louco.

1 de setembro de 2008 às 18:29
Tayná Tavares disse...

Se eu acordasse e descobrisse que o mundo havia sido transformado num filme de zumbi, eu procurava uma arma e me matava. Sei lá, sempre paro pra pensar nisso, e nunca encontro um fim, uma solução. Correr até quando?

Isso me lembra extermínio, quando o cara chega em casa e encontra os pais deitados, mortos.

17 de fevereiro de 2009 às 05:11
ErickTavarez disse...

Bom capítulo, é aquela coisa de que no desespero as pessoas ficam irracionais. Mas no caso desses pretos é pior.

Quanto ao que a Huntress disse, eu não me mataria. Tentaria sobreviver ao máximo e não desperdiçar a vida.

O foda é o pscológico mesmo, saber que os pais morreram e podem estar atrás de você, querendo te comer.

13 de julho de 2009 às 16:30
~Lobo disse...

Bye pro garoto. Pocha, me matar é uma questão interessante, o fod# é...
Com que arma? Não faria de modo doloroso, seria bem misericordioso,sabe?

Como a cidade grande é muito ruim pra sobreviver, iria para uma area rural, um deserto, onde zumbis morreriam de fome.

6 de março de 2010 às 15:51
Tiago Toy disse...

Realmente, zumbis da ficção são divertidíssimos. Na vida real, porém, a história é bem diferente. Diga-se de passagem sobre os recentes ataques "zumbis" nos EUA e na China...


Sejam bem-vindos novos infectados, e aos antigos, espero que continuem sobrevivendo.

Grande abraço!

6 de julho de 2012 às 23:43

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